R.E.M. | AUTOMATIC FOR THE PEOPLE
o randão hoje não traz só uma música. se bem que foi provocado por uma música apenas. o randão hoje viaja até 1992, esse ano em que muita coisa acontecia naquela que foi a década áurea do rock alternativo e de muitos adolescentes iguais a mim. era o ano em que os R.E.M. editavam Automatic For The People, e o ano em que eu era ainda demasiado nova para o descobrir... mas não demorou muito mais tempo até me esbarrar com a sua capa cinzenta e intrigante, e também já usada, numa das lojas de discos onde o caminho aprendi muito cedo para me perder naquele que era um dos meus maiores prazeres da adolescência: ouvir e descobrir música.
Drive, faixa de abertura de AFTP, abriu caminho para aquele que iria ser o meu primeiro contacto com Michael Stipe e companhia, mas foi umas faixas mais adiante, na melancolia de Sweetness Follows, que mergulhei fundo ao ponto de quase me afogar, apaixonando-me assim, de caras, sem tempo de recuperar o fôlego, por este disco. a (bonita) decadência da adolescência tem esta coisa de nos deixarmos enamorar pelas melodias mais melancomelosas dos bad boys do rock'n roll. afinal de contas com os Smashing Pumpkins, NIN, AIC ou Nirvana, mais ou menos na mesma altura, o amor acabava também por acontecer.
Drive, faixa de abertura de AFTP, abriu caminho para aquele que iria ser o meu primeiro contacto com Michael Stipe e companhia, mas foi umas faixas mais adiante, na melancolia de Sweetness Follows, que mergulhei fundo ao ponto de quase me afogar, apaixonando-me assim, de caras, sem tempo de recuperar o fôlego, por este disco. a (bonita) decadência da adolescência tem esta coisa de nos deixarmos enamorar pelas melodias mais melancomelosas dos bad boys do rock'n roll. afinal de contas com os Smashing Pumpkins, NIN, AIC ou Nirvana, mais ou menos na mesma altura, o amor acabava também por acontecer.
Automatic For The People acaba por ser um sucesso de vendas que o torna pouco consensual nas opiniões da altura, figurando várias vezes os tops de vendas. e também um marco de viragem de sonoridade da banda. há quem diga que nunca houve disco como este, tão melancólico, tão trágico e tão directo à carne quase rasgando o osso, pelas mãos dos R.E.M. por aqui acena-se em jeito de concordância.
com estampa Warner e com John Paul Jones (Led Zeppelin, Them Crooked Voltures) a assumir os arranjos de cordas, foi sempre um álbum mais reconhecido pelos seus temas êxito como Everybody Hurts, ou Man On The Moon, mas quem conhece bem o disco sabe que facilmente se identificam todos os outros singles igualmente marcantes (ou no meu caso, mais ainda), como a Nightswimming, (essa música poderosa que nos aperta tanto (tanto!) o coração) ou a que hoje me trouxe aqui.
foi precisamente com Sweetness Follows que esbarrei hoje. confesso que muitos anos se passaram desde a última vez que os meus ouvidos a degustaram. e por vezes só nos damos conta das saudades quando nos reencontramos com as coisas que perdemos no tempo. assim sendo, e porque as saudades de Automatic For The People eram mesmo mesmo muitas, Sweetness Follows e Nightswimming ficam aqui guardadinhas, neste cantinho muito meu, para se escutarem sempre que se quiser.
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