FOXYGEN | WE ARE THE 21ST CENTURY AMBASSADORS OF PEACE & MAGIC
não há grandes dúvidas: assim que colocamos 'we are the 21st century ambassadors of peace & magic' a tocar, sabemos que quem quer que esteja a debitar aqueles acordes, tem nos discos mais ouvidos bandas como os kinks, os rolling stones ou os velvet underground. e à medida que o disco abre e desenrola as certezas ficam maiores: os foxygen vêm de uma nova escola que começa agora a ter espaço para respirar e crescer. a escola que se veste dos acordes e o psicadelismo que fizeram dos anos 60 e 70 a era dourada do rock. sam e jonathan são o núcleo duro que compõe foxygen e são os primeiros a admitir, em entrevista à pitchfork, que só ouvem musicas anteriores aos anos 80 e que nem fazem a menor ideia das bandas novas que por ai andam. e é curioso que o admitam dessa forma meio despreocupada e inocente, e que mesmo assim consigam imprimir um cunho de modernidade em todos os temas que compõem.
editaram vários EP's desde a sua formação em 2005, mas foi com a chegada em 2012 à jagjaguwar pelas mãos do produtor e músico richard swift, que se fizeram notar a uma maior massa de consumidores.
'shuggie', primeiro single do que viria a ser o segundo disco da banda, chegou ainda em 2012 e colocou tudo a mexer. a 22 de janeiro de 2013 'we are the 21st century ambassadors of peace & magic' vê a luz do dia e um roll de criticas positivas a seguirem-se atrás de si. não é de admirar, sendo este ultimo registo da banda composto todo ele por singles. músicas matematicamente elaboradas (propositadamente ou nao) que encaixam nos nossos ouvidos na perfeição. são canções, têm melodias, têm desvarios deliciosos pelo meio, são saudosas, nostálgicas e ao mesmo tempo tão actuais. desde a faixa de entrada 'in the darkness' que nos agarra de imediato, até chegarmos a 'san francisco' e fecharmos os olhos e estarmos de facto em são francisco sem nunca lá termos posto os pés. é esta magia que muitos procuram e poucos encontram. eu não sou de dar notas a discos, acho que cada um vale pelo que vale e nos faz sentir, mas este, para mim, é de facto um 9/10.
é difícil escolher apenas uma para escuta aqui no blog. são de facto todas favoritas. mas para seguir uma regra de coêrencia, e como alguém me diz muitas vezes que tudo deve começar pelo principio, fica 'in the darkness', em jeito de ritual de inicio para qualquer coisa muito boa que venha por ai.
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