quinta-feira, 6 de agosto de 2015

no radar: VALLENS

VALLENS

uma das grandes maravilhas da web e das novas tecnologias é a multiplicação de plataformas digitais que nos permitem a audição exaustiva de uma data de coisas sejam elas já nossas conhecidas ou absolutamente novas.
foi numa dessas plataformas numa dessas tardes de calor abrasador e intenso em que o corpo se move a uma velocidade quase comparável a um slow motion, que ao carregar no play me esbarrei com cenas... daquelas cenas que se colam de imediato e nos acordam da letargia em que nos encontramos  (culpa do calor, claro). 

onde e como apanhei Vallens não me recordo... recordo sim que Tennesse Haze, um dos singles a figurar no longa duração de estreia e por estrear, colou-se em jeito de pastilha elástica sem querer sair.

Vallens é o alter ego de Robyn Philips, canadiana de gema que encontra as suas influências em nomes como Rowland S. Howard, dos The Birthday Party, ou nos Portishead.  ainda assim são as cores shoegaze que se fazem evidenciar com mais força, especialmente nas vozes que em momentos se revelam mais etéreas. com estes elementos arriscar-se-ia a dizer que talvez haja algo de My Bloody Valentine a respirar por ali...

em processo de gravações, metade dele em Brooklyn outra metade em Toronto, e com uma mão de Jeff Berner dos Psychic TV e outra de Josh Korody do estúdio Candle Recording  a dar os respectivos toques de magia, o disco há-de chegar às nossas mãos com o selo da Hand Drawn Dracula - casa canadiana com um catalogo que merece uma visita cuidada - com data ainda por anunciar.

até lá há dois temas para escutar em exausta repetição.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

'life aquatic'




ou como começar o verão?

julho está na reta final e Agosto, que se assume sempre como o mês oficial de verão, está mesmo aí a rebentar. o sol por esta altura já aperta com toda a força quase sem nos permitir respirar, mexer as perninhas ou até criar duas linhas de pensamento lógico...
desta forma, e a pensar nos que se preparam para se lançar à estrada, ao avião (meu caso!), ao autocarro, ao comboio, barco, ou até para aqueles que estão condenados à cadeira do escritório pelo decorrer do mês, há 34 minutos de indie-tropicalia (acabei de inventar) para nos aliviar a mente e expulsar o suor e a languidez do corpo.
neste episódio não valem choramingasses nem cenas melancomelosas, a indumentária que se exige é a menor possível e depois é só bater o pé, ok? com a companhia do Murray quem se atreve a dizer que não...?


'life aquatic' 

Bill Murray on how to get you hydrated
Air: La Femme D'Argent 
Julia Holter: Feel You
White Haus: How I Feel
Neon Indian: Annie
Shura: Indecision, Jungle Remix
When Saints Go Machine: Kelly
Communions: Forget It's a Dream
Washed Out: Amor Fati
'Let me tell you about my boat', from 'The Life Aquatic with Steve Zissou'

segunda-feira, 13 de julho de 2015

new single: Julia Holter



JULIA HOLTER / I FEEL YOU

a devoção por Julia Holter neste espaço é grande, muito pela forma como a sua música se transforma como se de uma metamorfose se tratasse assim à distância de um paço de mágica, tanto na sua voz como na musicalidade dos instrumentos que escolhe. 
a 25 de setembro chega o novo longa duração mas até lá I Feel You  vai captando os corações daqueles que são seus devotos ainda sem saber. 
para começar uma segunda feira em grande, o que é que se quer mais?






quinta-feira, 2 de julho de 2015

Blood Orange de volta.


BLOOD ORANGE / DO YOU SEE MY SKIN THROUGH THE FLAMES?

Dev Hynes não é mais um número no bolo de artistas que continua a ver o seu tamanho aumentar de forma avassaladora. Dev Hynes é Blood Orange e tal como o nome indica a sua música por vezes pode ser agri-doce, ainda que mais na palavra do que na melodia. e isso é importante, haver ainda quem nos inspire a alma, nos obrigue a questionar o nosso papel no mundo. 
perturbado pelo país que lhe dá casa e por todas as idiossincrasias e crueldades sociais que o compõe (como qualquer outro), Dev Hynes pega na palavra e na música para reflectir em tudo o que o perturba, e faz a merecida partilha. dele, para o mundo.
mas mais não digo.
é para ler e ouvir, de alma aberta, e assim de repente até pode ser já aqui dentro:

America is in the middle of an act of terrorism right now, and black people are being attacked and killed every day. Every day I wake up and it becomes harder for me to interact with my friends and the world around me. I am scared, scared for myself, for my family, for my brothers & for my sisters. You may see me write on this page or playing music and see me as Blood Orange or Dev Hynes, but I turn the corner and I am just another black man, a black man that can't get a cab, a black man that has to be careful how i walk if i want to overtake a young white woman so that she doesn't feel scared, a black man that has to sit down and be silent when a police car circles the basketball court I play at, a black man that could be shot down at any time in my life, and as I'm dying know full well, that even if they were to catch who killed me, he will get off free. It is an incredible sadness & heaviness. Being told that we do not matter on and on and on day to day to day. America likes to act like a super human yet continues to blame human error for these horrific acts. I don't know what to do anymore.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

PAINTED PALMS / TRACERS


Horizons - Sept. 4

a saga Disclosure:


reinventar a pista? será assim que vai começar uma qualquer nota biográfica sobre os Disclosure de uns anos daqui para a frente? não sabemos. mas por agora sim, reinventam pistas, formas de dançar, de criar música e de mexer o corpo. e estão de volta: amen amen amen! diz-se por aqui. 
o single Holding On com Gregory Porter já roda há alguns dias nos locais do costume, mas agora há teledisco, e é dos bons, claro. Holding On chega como o primeiro numa que será uma espécie de serie com primeira temporada de quatro episódios. ao todo, no seu final, diz a Capitol (label) será uma curta metragem. 
Caracal é o nome do seguidor de Settle, e chega a 25 de Setembro. até lá o primeiro episódio da saga fica aqui:



segunda-feira, 8 de junho de 2015

CFCF radiante.



o novo álbum do canadiano CFCF ainda está a um mês de distância das nossas mãos, mas felizmente Mike Silver resolveu dar-nos um ar da sua graça ainda antes do lançamento oficial.
The Ruined Map toma assim forma de  single de avanço para Radiance and Submission (13 Julho Driftless Recordings) ,  que será o terceiro longa duração do artista e produtor, e que nos permite começar a segunda feira perdidos em viagens idílicas, onde o espaço sonoro se estende sem fronteiras. The Ruined Map é em tudo radiante e etéreo, e a escuta exige-se sem demoras, e pode ser já aqui dentro:


sexta-feira, 5 de junho de 2015

shura / white light


Shura ocupa já há algum tempo um lugar cativo neste blog. é seguida com atenção e felizmente nunca desilude.
White Light chega-nos assim aos ouvidos para matarmos as saudades da Londrina que tem crescido a olhos vistos na cena musical. single recheado de beats frescos, como se quer em dias de temperaturas altas, e com a sua voz suave sempre a marcar passo.
no entanto, e apesar de 2015 se estar a provar um ano produtivo para Shura, ainda não há data oficial para o seu disco de estreia. 
mas até lá, White Light aterra nestas paragens para se esgotar o repeat, e claro que sendo sexta feira até cai melhor:


terça-feira, 2 de junho de 2015

mixtape#2

empurrado pela vaga de calor que já veio e que entretanto também já se foi embora, o segundo podcast chega cheio de pica, tal qual complexo multivitamínico. não é para ouvir sentado, muito menos parado. o pé tem de estar fresco e o corpo com fome de fandango.
vamos?

'co ty jsi zač?'

stanley kubrick talks
dave dk: halma
hayden james: something about you
crocodiles: foolin around
django django: shake and tremble
tanlines: pieces
all we are: i wear you
whomadewho: there's a way
prince innocence: i don't care


terça-feira, 26 de maio de 2015

neon indian tropical

no pico da brasa o que é que se pede?
pede-se isto:
Neon Indian em modo tropicaliente.
ANNIE
é fresca e é de borla.
abanar a anca.